Cinco casas ocupam um terreno de esquina em um bairro residencial de Curitiba. Por fora, a sensação é de unidade, visto que geometricamente não existem divisões entre as casas e em termos de materialidade o conjunto foi tratado da mesma forma: branco na parte superior e pedra na parte inferior. Apenas os portões demarcam as entradas. O desafio inicial foi implantar as cinco moradias – que vieram como demanda do cliente e construtor – em um terreno perfeitamente quadrado. A solução veio através de unidades diferentes entre si que convergem em um miolo de quadra que concentra três dos cinco pátios. Houve uma busca por individualidade ao trazer características específicas em cada unidade. As casas têm plantas e orientações solares diferentes, mas todas geram produtos com ampla relação entre a área social e o pátio, lavanderia com pátio de serviço isolado e quartos espaçosos e bem ventilados. Em todas as casas buscou-se a luz em seu potencial máximo, fazendo o uso de recortes nos planos, iluminação zenital e janelas largas que vão do piso ao teto. O uso do branco também reforça essa premissa. Acima de tudo, buscou-se uma arquitetura que permita vivenciar o clima de bairro, mantendo uma estreita relação com a vizinhança e uma estética uniforme, que amarra uma paisagem urbana comumente fragmentada.